Battle of Z: O Experimento Cooperativo de Dragon Ball

Battle of Z: O Experimento Cooperativo de Dragon Ball
Battle of Z: O Experimento Cooperativo de Dragon Ball


 Na vasta biblioteca de jogos de Dragon Ball, existem os clássicos amados, os sucessos modernos e... existem os experimentos. Lançado em 2014, Dragon Ball Z: Battle of Z chegou ao mercado com uma proposta que o afastou radicalmente da fórmula consagrada de seus predecessores, gerando uma recepção mista e a fama de ser um jogo "incompreendido". A verdade é que este título não é um sucessor espiritual dos clássicos de luta que marcaram o PS2, mas sim uma ousada e, por vezes, frustrante experiência focada em estratégia e combate cooperativo.


Battle of Z: O Experimento Cooperativo de Dragon Ball


Nesta análise do Dragon Ball Maniacos BR, vamos mergulhar fundo nesta peça controversa da história dos games de DBZ para descobrir se Battle of Z é uma joia imperfeita ou apenas um desastre incompreendido.

O Dragon Ball Z: Battle of Z foi lançado para as seguintes plataformas:

  • PlayStation 3

  • Xbox 360

  • PlayStation Vita

As datas de lançamento em 2014 foram:

  • Japão: 23 de janeiro

  • Europa: 24 de janeiro

  • América do Norte: 28 de janeiro

Onde o Jogo Brilha: O Genial Sistema de Classes

Para entender Battle of Z, é preciso primeiro entender sua proposta. Onde o jogo realmente brilha, e se diferencia de todos os outros, é em seu sistema de classes. A decisão de dividir os personagens em quatro papéis distintos (Melee, Ki Blast, Support e Interference) foi um golpe de mestre da desenvolvedora Artdink. Isso transforma as batalhas, que poderiam ser um caos de 8 jogadores, em exercícios de tática onde a composição de um time equilibrado é a chave para a vitória. Jogar como um personagem de Suporte, como o Videl, focando em curar aliados e fornecer buffs enquanto desvia de ataques inimigos, oferece uma experiência única e genuinamente gratificante, muito distante do simples esmagar de botões. É nesse modo, jogado online com amigos que entendem seus papéis, que Battle of Z revela seu verdadeiro e brilhante potencial, proporcionando momentos de cooperação que poucos jogos da franquia conseguiram replicar.

Seleção de personagens Battle of Z.
Seleção de personagens Battle of Z.


A Gameplay de Duas Caras: O Brilhantismo Cooperativo vs. A Frustração Solitária

Infelizmente, a forte e inovadora dependência do jogo em equipe expõe sua maior e mais imperdoável fraqueza: a experiência para um único jogador. A inteligência artificial dos companheiros controlados pelo computador é notoriamente fraca, tornando as missões mais avançadas uma fonte de pura frustração. Os bots raramente cumprem seus papéis de forma eficaz – o Suporte não cura na hora certa, o Melee ataca o alvo errado –, deixando o jogador sobrecarregado e incapaz de aplicar a estratégia que o próprio jogo exige para o sucesso.

Essa frustração é agravada por duas decisões de design que assombraram o jogo. A primeira, e mais grave, foi a ausência de um modo multiplayer local. Um jogo de Dragon Ball sem a possibilidade de jogar com um amigo no mesmo sofá era, para a comunidade, um pecado capital. A segunda foi a remoção das transformações em batalha. Ter que escolher o Goku Super Saiyajin como um personagem separado no menu, em vez de se transformar no calor da luta, quebrou uma das principais fantasias de poder que definem a experiência de Dragon Ball.

A Apresentação Técnica: Funcional, mas Decepcionante

Tecnicamente, o jogo é apenas funcional, e isso sendo generoso. Os gráficos, apesar de coloridos, sofrem com um constante e inexplicável "efeito borrado" que deixa a imagem com um aspecto lavado. Os modelos de personagens são inconsistentes, com alguns parecendo ótimos e outros estranhamente desproporcionais. A trilha sonora, embora decente, peca pela falta de originalidade ao reciclar temas de jogos anteriores da série Budokai Tenkaichi, o que infelizmente passa uma sensação de baixo orçamento. A jogabilidade também sofre com animações lentas, uma câmera que frequentemente se perde em meio à ação e controles que podem parecer "duros" ou pouco responsivos, tornando o combate menos fluido do que deveria ser.

Como um bônus especial para quem comprava o jogo no lançamento (Day One Edition) ou através de pré-venda, Dragon Ball Z: Battle of Z ofereceu uma skin de DLC única para o Goku: o traje do Naruto Uzumaki em seu Modo Sábio (Sennin Mode).


Goku no traje do Naruto Uzumaki em seu Modo Sábio.
Goku no traje do Naruto Uzumaki em seu Modo Sábio.


Essa foi uma colaboração especial para celebrar a popularidade de ambas as franquias da Shonen Jump. É uma das poucas vezes que vemos um crossover tão direto entre os universos de Dragon Ball e Naruto em um jogo oficial, tornando essa skin um item de colecionador muito interessante para os fãs que a possuem.

O Veredito Final: Um Experimento Interessante

Dragon Ball Z: Battle of Z é um experimento interessante com uma base sólida e inovadora. Quando jogado com um grupo de amigos que entendem e se comprometem com seus papéis táticos, ele se transforma em uma das experiências multiplayer mais singulares e divertidas do universo Dragon Ball. A coordenação para derrotar um Oozaru gigante ou para virar uma partida online contra outro time de jogadores é genuinamente empolgante.

Contudo, suas falhas técnicas, a fraca inteligência artificial e a apresentação geral datada o impedem de alcançar a grandeza. Não é um jogo para quem busca o combate profundo de um FighterZ ou a liberdade de um Tenkaichi 3. É um jogo para quem valoriza a tática e a cooperação acima de tudo. Se você tem um grupo de amigos para se aventurar online, vale a pena dar uma chance a esta joia imperfeita. Para os jogadores solitários, no entanto, a experiência provavelmente será muito mais frustrante do que divertida.

Battle of Z: O Experimento Cooperativo de Dragon Ball
Battle of Z: O Experimento Cooperativo de Dragon Ball


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